terça-feira, setembro 12, 2006



Não costumo colocar letras de músicas mas hoje decidi abrir uma excepção:

"Há gente que espera de olhar vazio
na chuva, no frio, encostada ao mundo
a quem nada espanta
nenhum gesto
nem raiva ou protesto
nem que o sol se vá perdendo lá ao fundo


há restos de amor e de solidão
na pele, no chão, na rua inquieta
os dias são iguais já sem saudade
nem vontade
aprendendo a não querer mais do que o que resta


e a sonhar de olhos abertos
na paragens, nos desertos
a esperar de olhos fechados
sem imagens de outros lados
a sonhar de olhos abertos
sem viagens e regressos
a esperar de olhos fechados
outro dia lado a lado


há gente nas ruas que adormece
que se esquece enquanto a noite vem
é gente que aprendeu que nada urge
nada surge
porque os dias são viagens de ninguém


a sonhar de olhos abertos
nas paragens, nos desertos
a esperar de olhos fechados
sem imagens de outros lados
a sonhar de olhos abertos
sem viagens e regressos
a esperar de olhos fechados
outro dia lado a lado


aprende-se a calar a dor
a ternura, o rubor
o que sobra de paixão
aprende-se a conter o gesto
a raiva, o protesto
e há um dia em que a alma
nos rebenta nas mãos"


letra de "Lado a Lado" de Mafalda Veiga

sexta-feira, setembro 08, 2006

nítidos milímetros


deixo um pouco de cor no blog. nao consigo escrever nenhum texto que ligue a esta fotografia, por isso apenas a deixo a ela e, um pouco da sua "história".

gosto bastante, pelas suas cores, pouca profundidade de campo, mas se calhar mais porque resultou espontaneamente na mesa do bar. apontei, enquadrei, foquei (custou um pouco acertar no sitio certo) e gostei do resultado. nao procurava nada. apenas estava com a máquina na mão a "brincar". e em muitas outras coisas nesta vida, às vezes, é o que não procuramos que nos encontra.

segunda-feira, julho 10, 2006

palhaço

"Não sou eu que sou o palhaço, mas sim esta sociedade monstruosamente cínica e tão inconscientemente ingénua, que joga o jogo da seriedade para melhor esconder a sua loucura"

Salvador Dali

sábado, julho 08, 2006

Ódio?

"Ódio por ele? Não... Se o amei tanto,
Se tanto bem lhe quis no meu passado,
Se o encontrei depois de o ter sonhado,
Se à vida assim roubei todo o encanto...

Que importa se mentiu? E se hoje o pranto
Turva o meu triste olhar, marmorizado,
Olhar de monja, trágico, gelado
Como um soturno e enorme Campo Santo!

Ah! Nunca mais amá-lo é já bastante!
Quero senti-lo doutra, bem distante,
Como se fora meu, calma e serena!

Ódio seria em mim saudade infinda,
Mágoa de o ter perdido, amor ainda.
Ódio por ele? Não... não vale a pena."

Florbela Espanca
Deixo aqui este poema, sem duvida um dos que mais gosto. Florbela é e será para mim uma extraordinária poetisa. Alguém que passou por tantas coisas menos boas e que as soube descrever de uma forma magnífica. Também é de louvar que passou por tantas tristezas mas que conseguiu também viver momentos felizes.
A sua vida foi realmente única. Aconselho a conhecer um pouco mais.
Talvez o que mais me impressione na sua vida, seja mesmo o seu fim. Florbela não resistiu, depois da morte do irmão e doente, trinta e seis anos depois de ter nascido, decide pôr fim à sua vida vida. Porquê? "A morte definitiva ou a morte transfiguradora? Mas que importa o que está para além? Seja o que for, será melhor que o mundo! Tudo será melhor do que esta vida!" (escreveu ela no seu diário). Florbela escolhe o seu dia de anos para isso pois julga ser a melhor prenda que pode dar a si própria. Isto, tal como alguns dos seus poemas (alguns porque também escreveu poemas "felizes") reflecte a inquietação, e a pequenez do mundo perante a sua grandiosidade.

sábado, junho 03, 2006

"O Livre-Arbítrio não Existe"

"Contemplando uma cascata, acreditamos ver nas inúmeras ondulações, serpenteares, quebras de ondas, liberdade da vontade e capricho; mas tudo é necessidade, cada movimento pode ser calculado matemáticamente. O mesmo acontece com as acções humanas; poder-se-ia calcular antecipadamente cada acção, caso se fosse omnisciente, e, da mesma maneira, cada progresso do conhecimento, cada erro, cada maldade. O homem, agindo ele próprio, tem a ilusão, é verdade, do livre-arbítrio; se por um instante a roda do mundo parasse e houvesse uma inteligência calculadora omnisciente para aproveitar essa pausa, ela poderia continuar a calcular o futuro de cada ser até aos tempos mais distantes e marcar cada rasto por onde essa roda a partir de então passaria. A ilusão sobre si mesmo do homem actuante, a convicção do seu livre-arbítrio, pertence igualmente a esse mecanismo, que é objecto de cálculo. "
Friedrich Nietzsche, in 'Humano, Demasiado Humano'
Que radicalidade de pensamento, não? depois de ler este texto, fiquei um pouco sem saber o que pensar.
Não temos opção quando agimos? agimos assim porque tinha de ser?
Julgo que é algo demasiado complexo e que não é possivel chegar a nenhuma conclusão, não há provas a favor ou contra. Fica aqui apenas este pensamento de Nietzsche para cada um poder pensar sobre isso.
destino?
sociedade?
previsibilidade?

terça-feira, maio 30, 2006

portugal sempre

Não posso deixar de escrever sobre a grande vaga de patriotismo que podemos observar nesta altura. E levanto uma questão (para que se reflicta sobre isso): o que move esta multidão (ou massa)? opções: Portugal ou Futebol?
Portugal está presente sempre; Futebol (selecção portuguesa) só no Euro ou no Mundial. Manifestações destas (bandeiras nas janelas, gritos por Portugal, etc) só no Euro ou Mundial.
O amor/dedicação por Portugal permanece depois de campeonatos de Futebol? Só se for quando se diz que isto não vai para a frente, que o governo é assim e assado, que não saímos da crise e os impostos só aumentam.
Depois há ainda outro "problema" a apontar: o ego sobe demasiado, partimos com a ideia de campeões e... (como aconteceu com os sub-21): marca-se um golo e não se consegue ganhar nenhum jogo. Precisa-se de MODÉSTIA!

do Lat. modestia
s. f.,
qualidade de modesto;
ausência de vaidade, de ostentação, de luxo;
simplicidade e moderação.
Não estou com isto a dizer que não devemos torcer pela nossa equipa, apenas alertar para o facto de não vivermos só de Futebol. Para não nos esquecermos que somos portugueses (e que o gostamos de o ser) mesmo quando não há jogos.

segunda-feira, maio 29, 2006

pôr do sol

foto: minha autoria (bah..nda de outro mundo)

e qdo falta qq coisa...

talvez um pôr do sol.

sexta-feira, maio 26, 2006

não sociedade feliz

(foto: minhas primeiras experiências nesta onda)
não vivemos numa sociedade livre de injustiças e insatisfações. não se pode ter toda a gente feliz ao mesmo tempo. é o mundo como ele é.

sexta-feira, maio 19, 2006

morangomania

Não posso deixar de escrever sobre o que me deparei hoje no jornal. transcrevo aqui o que se pode ler online:´
"Crianças de várias escolas em todo o país têm sido afectadas por alergias, com sintomas que incluem comichão, erupção cutânea e vermelhidão nos braços, problemas que, contudo, não têm afectado professores nem pessoal não docente.
Para o psiquiatra Daniel Sampaio, os pais devem falar com os filhos, caso se comprove que as supostas alergias que vêm afectando algumas crianças e jovens resultam da imitação de comportamentos das personagens da série juvenil “Morangos com Açúcar”."
Isto é no mínimo surreal. Como podem as crianças estar de tal maneira envolvidas no mundo da ficção que sejam (tão) afectadas psicologicamente?
Partindo do princípio que este problema só tenha afectado crianças, julgo que uma destas duas opções é válida: a primeira é que simplesmete as crianças imitam os comportamentos que vêm na televisão (mas é estranho que seja em várias escolas). A segunda opção, e mais séria, é que vivam de tal modo absorvidas na ficção, que psicologicamente estejam afectadas por ela. Não sendo intencional, elas sentem que os sintomas que vêem na tv sejam delas também.
Penso que nao é preciso me alongar mais para fazer ver que se trata de um assunto de extrema importância. Deve servir, mesmo que não se prove um efeito directo, para que a televisão tome mais consciência no efeito que pode ter no seu público, ainda mais quando este é bastante vulnerável.

propósito da foto: tem de se ter consciência de que o que se dá é bom e benéfico para quem nos dirigimos.

sábado, maio 13, 2006

proibido tirar fotos


Bem.. cada vez que me deparo com injustiças fico tão mal, mesmo triste pelas coisas serem como são.
Em primeiro lugar.. o preço dos bilhetes de metro! Antes existiam uns bilhetes diários, baratos até, que como o próprio nome diz, davam para todo o dia. Agora, cada vez que se sai do metro, ao entrar é preciso novo bilhete. Ora, quem precisa de ir a mais do que um sítio por lisboa, tem de gastar um dinheirão. Porque tiraram aqueles bilhetes?!
Em segundo lugar, quero mostrar a minha revolta pela pouca simpatia, ajuda, disponibilidade, que têm por nós quando estamos a fazer um trabalho fotográfico (para a universidade, ainda por cima). Um caso concreto: são precisas fotografias de arquitectura modernista. Deparo-me com o facto de apenas ser permitido tirar fotografias aos edificios por fora, sejam sedes de partidos, prédios de habitação ou biblioteca nacional, mesmo explicando que é para um trabalho etc, etc... é precisa uma autorização para a central de não sei o quê que, nem perguntei mas desconfio que demore "anos" a ser concedida (escrever documento, esperar resposta, etc), entretanto acaba o prazo de entrega do trabalho...
O mais triste é quando nem por fora é permitido! Isso aconteceu no Laboratório de Engenharia Civil. Entendo que aquilo é um espaço vedado, particular, mas qual a lógica de ser preciso autorizaçao de não sei quem das relações públicas? Ok, há o perigo dos atentados, dos roubos, de sei lá o quê mais, mas que tal pedir a identificação (até podiam apontar) e deixarem-me fazer o meu trabalho? A sério, eu com o meu ar de miúda, com máquina fotográfica na mão, a apontar para as janelas, portas e paredes, dizendo que era um trabalho escolar... não pude fotografar! Vou comer algum pedaço? vou roubar alguma coisa? vou planear algum atentado? eu nem tenho mau aspecto, nem sou antipática!
Não é só isso. O pior é que já lá foram fotografar! Tive azar no dia? é por ser dia 13? ou por ser sábado?
"Ninguém prometeu nada, fui eu que pensei" que as pessoas eram justas, que as regras fossem boas para todos, que as coisas não fossem tão difíceis, que a frustração não fosse tão real por tudo e por nada...

quarta-feira, maio 03, 2006

televisão


Qual o papel da televisão nas nossas vidas?
Não sei.
Acho que actualmente esta abrange diferentes segmentos da população, nunca senti tanto isso como agora. Não fugindo (ainda) ao conceito de massas (inevitavelmente!), não a vejo como a via há uns anos. Isto deve ser do tempo livre, pouco e pouco disponível para ela, de que usufruo. Eu e muitas das pessoas com quem me cruzo no dia-a-dia.
Pensando, por exemplo, em Adorno e na sua "filosofia anti-tv" (nome dado por mim), é inevitável pensar nisto mesmo. No estado da televisão, no grau de importância e disponibilidade para esta. Numa altura em que tv é sinónimo de luta de audiências, rivalidades, negócios e, programas "todos diferentes mas todos iguais".
É necessário alguma reflexão de cada um de nós do que se quer ver na televisão: mais do mesmo ou algo diferente, mais diversificado e abrangente não a todos com uma massa mas a cada um de nós na sua individualidade.
Como? Não sei. Isto é só teoria...

indignação

Isto é uma vergonha!
Na passada 5f, dia 4 de Maio (salvo erro), fui à Fnac do Colombo e notei que havia algum reboliço perto da zona do bar, vi os cartazes afixados e percebi que estariam ali à espera de um jogador, que lá ia para o lançamento de um jogo de computador, ou algo do género. Estava marcado para as 17h30. Como eram 17h20 decidi esperar, com umas amigas, por curiosidade apenas.
Lá encontrámos uma mesa em bom sítio até, como a dor de pés, depois de umas voltas no Centro Comercial, eram bastantes, lá ficámos. A conversar, a ler o jornal, a olhar para os senhores que tinham microfones na mão (SIC, RTP1, por aí a fora...), a olhar para as máquinas fotográficas que por lá passeavam nas mãos de outros senhores... E o tempo ia passando...
O tempo passava... o descanso já se ia transformando em tédio quase.
A minha vontade era por-me em cima da mesa e dizer: «meus "amigos" que estamos aqui a fazer?? que consideração e respeito nos têm para aqui estarmos, feitos parvos, (embora eu estivesse ali, em 1ºlugar, para descansar os pés!!!) à espera de um rapaz há quase uma hora??? Vamos todos embora? assim mostramos que temos princípios e que não nos podem tratar assim só porque têm um nome.»
Acho um abuso. Eram 18h20 quando saímos daquele espaço e o Simão Sabrosa ainda não tinha chegado! Nem tinha chegado nem ninguém nos tinha dito nada em relação a isso. Contratempos existem, mas podiam ao menos avisar que seria um pouco mais tarde, não?
Estarei a exagerar quando digo que isto é uma vergonha? E que brincam com uma pessoa de uma forma descarada?
Felizmente sou do Sporting (embora acredite que se poderia passar o mesmo com um jogador do meu clube, não ponho já as mãos no fogo por ninguém).

sábado, março 11, 2006

cinema...

Há muito tempo que não actualizava o blog. Porquê? Não sei ao certo, mas talvez fosse por não saber o que escrever. Mas agora penso que sei. Vou utilizar o blog para falar do que por aí se passa (nada inovador neste mundo bloguista).
Começo for falar de cinema! Acho que é um bom assunto. Começo pelo cinema Português (recente).
Depois do grande (que não é sinónimo de bom!) fenómeno do "Crime do Padre Amaro", está nas salas "Coisa Ruim". (começo apenas por falar destes dois)
O que têm em comum estes dois? penso que apenas é o facto de serem portugueses, pois são muito diferentes em termos de qualidade. O "Crime" foi o filme português mais visto até então, talvez porque teve grande divulgação. Mas não só. O que era vendido/mostrado no trailer? como Nicolau Breyner disse numa entrevista: "descobrimos o tipo de filmes que Portugal gosta de ver" (se não foram estas as palavras, a ideia era esta). E é exactamente isso! Reflecte a nossa sociedade. O filme vive de porrada e sexo (no meu entender, claro).
Considero que neste filme as personagens não são exploradas ao máximo, não conseguimos entender muito bem as suas acções, não as conseguimos conhecer. Não li o livro no qual o filme se baseia mas, gostava de saber se nele a rapariga que está grávida do padre se mata. Sim, porque se não quer abortar e foge até por causa disso... vai se matar? (é que isso significa também matar a criança!). Enfim...
Agora em relação a "Coisa Ruim", acho que o conteúdo é mais interessante, está bem desenvolvido, apesar de haver uma ou outra questão que não é totalmente esclarecida, o filme prende a atenção. Gostei e recomendo. Um bom filme português, no meu entender. Gostava que mais gente o visse! Ao contrário de "todo" o filme português, não vive de palavrões, violência, e coisas do género.
Deixo agora um desafio a quem tiver a paciência de ler isto... comente! quero saber mais opiniões em relação a estes filmes.

quarta-feira, novembro 02, 2005

ilusão..


Pensamos possuir tudo ao nosso alcance. Pensamos ter tudo o que mais precisamos nas nossas mãos. Mas.. não podia ser mais irreal, porque nada é nosso, nada temos como certo. O que agarramos é ilusão e aquilo que não agarramos faz-nos falta.

terça-feira, outubro 11, 2005

Porto..



Aqui fica o registo desta bonita cidade - o Porto.

terça-feira, setembro 27, 2005

vida..



"A vida é como uma sala de espectáculos; entra-se, vê-se e sai-se"

Autor: Pitágoras
Grécia Antiga[-582--497]
Matemático
(foto Quinta da Regaleira, Sintra)

sábado, setembro 24, 2005

Ruínas..

Ruínas. Ruínas de sonhos, de pedaços de vida, de crenças e ilusões. O tempo tudo destrói, tudo abandona, tudo ultrapassa.

(foto tirada na Quinta da Regaleira, Sintra)

terça-feira, setembro 20, 2005

Toledo






Cidade de Toledo, em Espanha.

quinta-feira, setembro 15, 2005

cruzamento..


Cruzamento de pessoas, de carros, de vidas, momentos, de ti e de mim. Porque eu estou a ver tudo de cima, mas poderia estar lá, e estar a ser observada também.
Uma rua, uns riscos, uma pessoa que passeia e outra que observa.
(foto tirada em Alicante, Espanha, de uma varanda)

quarta-feira, setembro 14, 2005

beleza

"Vê duas vezes para veres com exactidão; vê apenas uma vez para veres com beleza"

Henri Frédéric Amiel
Suiça
[1821-1881]
Escritor/Poeta/Filósofo

sexta-feira, setembro 09, 2005

chave..?



Falta uma chave, falta uma solução..

sexta-feira, setembro 02, 2005

amizade..

"Não há solidão mais triste do que a do homem sem amizades. A falta de amigos faz com que o mundo pareça um deserto"
Francis Bacon
Inglaterra
[1561-1626]
Filósofo, Ensaísta, Politico

quinta-feira, setembro 01, 2005

imensidão..

incompreensível..


"Tudo o que é incompreensível, nem por isso deixa de existir"

Blaise Pascal
França
[1623-1662]
Filósofo, Matemático

quarta-feira, agosto 24, 2005

esquecidos..

busca..


"Por mais que busquemos, apenas nos encontramos a nós próprios"

Anatole France
E essa busca é essencial.

terça-feira, agosto 23, 2005

dá-me..

devagar..

"Qualquer coisa que valha a pena fazer, vale a pena fazê-la devagar"
Mae West
Não é bem verdade? pensem bem nisso..

segunda-feira, agosto 22, 2005

a vida..

"A vida já é curta, mas nós tornamo-la ainda mais curta, desperdiçando tempo "
Victor Hugo

domingo, agosto 21, 2005

ninguém..

nao..

Existes? já acreditei que sim, serio que sim.
E agora? onde estás? o que fazes? porque nao apareces?
Já nao acredito. Não aceito que sejas real, apenas a contos de fadas pertences, apenas da fantasia, da ilusão. Para quê sonhar contigo? Penso que nunca te vi, julgo nao te conhecer, creio que te esqueceste de mim..
Principe encantado? nao acredito já.

sábado, agosto 20, 2005

um canto..

segunda-feira, julho 18, 2005

sonhos..

"... Não sou nada. Nunca serei nada. Não posso querer ser nada. À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo..."
Fernando Pessoa

quarta-feira, maio 11, 2005


"um espreitar" by sara
O que o silêncio nos diz?
Nunca tinha pensado muito nisso mas, agora considero isso importante. O poder relativo que um grito, um berro, um desabafo, pode ter quando comparado a um momento de silêncio. Pensa um pouco nisso..
Quando falas, ainda mais quando falas em demasia, as tuas palavras perdem a importância que podiam ter, tornam-se banais, vulgares. Agora pensa o que pode significar, o que podes ganhar, com o silêncio.. é através dele que podes contemplar o que te rodeia. É com ele que podes transmitir da melhor forma o que sentes, com um olhar, com um gesto.. Além disso.. qual é a pior forma de tratar alguém? Não é chamando nomes, discutindo, é o desprezo, e até esse é feito de silêncio.
O silêncio pode ser tudo, ele tem um poder infinito, ele pode dizer tudo. Porque há coisas que não se conseguem exprimir, há sentimentos que não se descrevem, há momentos que não podem ser explicados por meras palavras.
É óbvio que não é suposto andarmos por aí todos calados, não é nada disso, pois se fosse assim, era o silêncio que se tornava banal e a palavra adquiria a maior importância. Só quero alertar para o excesso de ruído que nos rodeia a toda a hora, em todo o lado, e que não nos deixa reflectir e dar importância a estas pequenas coisas.
Um olhar, um gesto, um toque, pode fazer-nos aproximar ou distanciar de alguém mais que um sussurro ou um berro. É como se estivessemos mais perto da sua essência, de tudo o que o constitui e do que faz dele o que é.
(inspirado na aula de teoria da comunicação - porque o silêncio é comunicação!)

sexta-feira, abril 29, 2005


"debaixo da ponte.." by sara